GOVERNANÇA PÚBLICA PARA GARANTIR O FINANCIAMENTO DOS DIREITOS SOCIAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA

RESUMO

 

O COVID-19 veio para desafiar a humanidade, postulando soluções novas para problemas já conhecidos há tempos, tais como a excessiva desigualdade social. Contudo, a otimização da gestão publica se mostra como um desafio a ser superado. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, cujo problema foi abordado pela ótica qualitativa e com objetivo exploratório, viabilizado pelo estudo bibliográfico, cuja coleta de material focou na produção doutrinária nacional. Em relação aos procedimentos metodológicos, adotou-se a revisão integrativa enquanto ferramenta analítica. Os resultados demonstraram que o modelo de governança na gestão pública se mostra como imprescindível para manutenção dos direitos sociais essenciais.

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como uma força disruptiva em várias indústrias, e o campo jurídico não é exceção. No contexto do direito do trabalho, a IA está desempenhando um papel cada vez mais importante, transformando a maneira como as empresas abordam questões relacionadas a seus funcionários. Neste artigo, vamos explorar como a IA está influenciando o direito do trabalho, as perspectivas que ela oferece e os desafios que as empresas enfrentam ao adotar essa tecnologia.

A IA está sendo aplicada em uma variedade de áreas dentro do direito do trabalho, desde a seleção e contratação de funcionários até a gestão de conflitos e o cumprimento das leis trabalhistas. Algoritmos de IA podem analisar grandes volumes de dados para identificar padrões de contratação, prever tendências de rotatividade de funcionários e até mesmo avaliar a adequação cultural dos candidatos a emprego com base em suas interações online.

Além disso, a IA está sendo utilizada para automatizar processos trabalhistas rotineiros, como a elaboração de contratos de trabalho e políticas internas, liberando os profissionais de recursos humanos e departamentos jurídicos para se concentrarem em questões mais complexas e estratégicas.

Para as empresas, a adoção da IA no direito do trabalho pode trazer uma série de benefícios. A automação de tarefas rotineiras pode reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência, enquanto a análise preditiva pode ajudar na identificação precoce de problemas potenciais, como práticas discriminatórias ou condições de trabalho insatisfatórias. Além disso, a IA pode fornecer insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas relacionadas à força de trabalho, permitindo que as empresas antecipem e respondam proativamente às mudanças no mercado de trabalho.

De acordo com o relatório “The Future of Jobs Report 2020” do Fórum Econômico Mundial, espera-se que a automação e a inteligência artificial resultem em mudanças significativas no mercado de trabalho, com a criação de novas funções e a extinção de outras.

 

No entanto, a adoção da IA no direito do trabalho também apresenta desafios significativos para as empresas. Um dos principais desafios é garantir a transparência e a equidade nos algoritmos de IA, evitando viéses injustos e discriminação. Além disso, questões relacionadas à privacidade e proteção de dados surgem quando as empresas coletam e analisam informações pessoais dos funcionários.

Os avanços na tecnologia de inteligência artificial têm permitido que as empresas coletem e analisem grandes quantidades de dados pessoais dos funcionários para uma variedade de finalidades, desde a gestão de desempenho até a previsão de rotatividade. No entanto, essa prática levanta preocupações significativas em relação à privacidade e proteção de dados dos trabalhadores.

Um dos principais desafios é garantir que as empresas estejam em conformidade com as leis e regulamentos de proteção de dados, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia ou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Isso inclui obter o consentimento dos funcionários para coletar e processar seus dados pessoais, bem como garantir que esses dados sejam usados apenas para os fins específicos para os quais foram coletados e que sejam devidamente protegidos contra acesso não autorizado ou uso indevido.

Além disso, as empresas enfrentam o desafio de minimizar o risco de viéses algorítmicos ao analisar dados pessoais dos funcionários. Os algoritmos de IA podem inadvertidamente perpetuar ou amplificar preconceitos existentes, levando a decisões discriminatórias em áreas como recrutamento, promoções e avaliações de desempenho. Portanto, é crucial que as empresas implementem medidas para identificar e mitigar viéses algorítmicos em seus sistemas de IA, garantindo uma abordagem justa e equitativa para todos os funcionários.

Além disso, a coleta e análise de dados pessoais dos funcionários podem afetar negativamente a confiança e o moral dos trabalhadores, especialmente se sentirem que sua privacidade está sendo invadida ou que estão sendo monitorados de forma excessiva. Portanto, as empresas devem ser transparentes sobre suas práticas de coleta de dados e comunicar claramente aos funcionários como seus dados serão usados e protegidos.

A Comissão Europeia publicou diretrizes éticas para a IA confiável, destacando a importância da transparência, responsabilidade e equidade no desenvolvimento e uso dessa tecnologia.

Outro desafio importante é garantir que os profissionais de recursos humanos e departamentos jurídicos estejam adequadamente preparados para trabalhar com tecnologias de IA. Isso inclui o desenvolvimento de habilidades para interpretar e validar os resultados produzidos por algoritmos de IA, bem como a compreensão das implicações éticas e legais de seu uso no local de trabalho.

A Inteligência Artificial está redefinindo o cenário do direito do trabalho, oferecendo novas perspectivas e desafios para empresas de todos os tamanhos e setores. Ao adotar essa tecnologia de forma responsável e estratégica, as empresas podem melhorar a eficiência de suas operações, tomar decisões mais informadas e garantir o cumprimento das leis trabalhistas. No entanto, é essencial que as empresas estejam cientes dos desafios associados à adoção da IA e implementem medidas adequadas para mitigar riscos e garantir a equidade e transparência em suas práticas de emprego.

Omar de Souza e Silva Neto

Omar de Souza e Silva Neto

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